Café produzido por indígenas de Rondônia atinge nota máxima em concurso

  • 09/10/2025
(Foto: Reprodução)
Cacique Rafael Suruí Renata Silva Um café cultivado na Terra Indígena Sete de Setembro, em Cacoal (RO), recebeu a pontuação máxima em um protocolo internacional de avaliação. Produzido pelo povo Paiter Suruí, o grão da espécie Coffea canephora foi apresentado em São Paulo durante a 6ª edição do Concurso Tribos. 🔎Os robustas amazônicos são resultado do cruzamento dos cafés Conilon e Robusta especialmente selecionados. 🏅O café premiado é cultivado na Linha 09, propriedade do cacique Rafael Suruí. Segundo os avaliadores, o grão se destaca pelo aroma doce e intenso, com notas sensoriais de rapadura e mel. A análise foi feita por um júri composto por nove especialistas independentes, que identificaram 50 atributos positivos entre os 100 possíveis. O café faz parte do Projeto Tribos, que envolve cerca de 160 famílias das Terras Indígenas Sete de Setembro (Cacoal) e Rio Branco (Alta Floresta d’Oeste), impactando diretamente mais de 1,2 mil pessoas em Rondônia. A iniciativa busca valorizar a agricultura indígena e promover a sustentabilidade e o protagonismo dos povos originários no mercado de cafés especiais. Durante o evento, uma comitiva de produtores Paiter Suruí apresentou o café para convidados especiais, incluindo especialistas do setor e artistas como o DJ Alok, que prestigiaram a noite de celebração da cultura e da produção indígena. Leia também: Café robusta de Rondônia captura mais carbono do que emite, diz estudo Radialista morre durante romaria em Rondônia Mãe enfrenta o governo para salvar filha com coluna em formato de 'S' em RO Café sem agrotóxicos ou irrigação Cafezal dentro da Terra Indígena Sete de Setembro Emily Costa/g1 RO A TI Sete de Setembro, que é habitada por indígenas Paiter Suruí, está localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, em uma área de 248.146 hectares. O modo de vida tradicional do povo Suruí está ligado ao uso da floresta e às atividades extrativistas. Cerca de 150 famílias estão envolvidas no cultivo do café em 25 aldeias que ficam dentro da TI. A qualidade do fruto é resultado dos conhecimentos sobre a floresta e práticas sustentáveis adotadas pelos indígenas. Iniciativas como o reflorestamento feito pelos indígenas em seu território, que envolvem o plantio de frutos nativos (técnica conhecida como "agrofloresta") próximo às plantações, é fundamental para garantir o melhor cultivo do grão. Veja também: povo indígena Paiter Suruí concilia preservação com economia sustentável Dia da Amazônia: povo indígena Paiter Suruí concilia preservação com economia sustentável

FONTE: https://g1.globo.com/ro/rondonia/noticia/2025/10/09/cafe-produzido-por-indigenas-de-rondonia-atinge-nota-maxima-em-concurso.ghtml


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